Ser firme no propósito de querer, confiar no que a imagem mental
proporciona — é disso que se trata a construção da realidade.
Aquilo que pensamos vem até nós
por meio da atenção e da passagem dos pensamentos.
Quando mantemos o foco, criamos
caminhos mentais que direcionam nossas ações e decisões, alinhando tudo aos
nossos propósitos mais autênticos.
Pode haver muitas opções ao nosso redor, mas somente uma nos atrai de
verdade: aquela que ressoa com nosso propósito interior.
Ter calma na observação nos permite
retardar os impulsos e perceber o que realmente está se passando.
A mente apressada nos confunde; a
mente serena nos esclarece. É nesse espaço de clareza que conseguimos
distinguir o que realmente desejamos.
Clara e distinta é a fé que nos faz crer. Cremos no que vemos com os
olhos da mente, no que desejamos profundamente.
O desempenho e a firmeza são
partes essenciais da vida e reforçam o sentido que damos ao nosso querer.
É preciso alimentar nossos propósitos com consistência e
intenção, pois isso sustenta o caminho quando a dúvida ou a dificuldade
aparece.
O MELHOR DOS PROPÓSITOS

O que desejamos
Não é o melhor da vida que retrai o sentido do que queremos; ao
contrário, é o excesso de desejos sem direção que nos confunde.
Não basta apenas desejar por desejar, nem buscar um mero prazer passageiro.
O verdadeiro sentido da vida está na junção entre o querer e o agir, entre
sonhar e realizar.
A realização plena nasce do
alinhamento entre nossos desejos e nossos propósitos mais profundos.
Na satisfação dos sentidos e na vida real, existe um propósito. É
preciso reconhecer que o viver com intenção dá sentido a cada escolha.
Precisa e exata deve ser a ação
quando queremos alcançar o que declaramos como sucesso. E o que fazemos com
esse sucesso é o que revela quem somos.
Descobrir-se digno daquilo que
deseja é parte do processo de autoconhecimento. O sucesso não é um fim em si,
mas um meio pelo qual expressamos nossos propósitos de forma concreta.
Vivemos a realidade que nos convém viver. Somos o que escolhemos ser. O
ser de tudo define em que podemos nos tornar.
Nossa natureza se realiza em
possibilidades. Não podemos evitar aquilo que, por natureza, somos capazes de
ser — é como uma semente que carrega em si a potencialidade da árvore.
O QUE CRIAMOS INTERIORMENTE
O que manifesta a causa de nossas ações é o desejo. O desejo é mais
nobre do que o egoísmo, pois é ele que nos impulsiona à expressão autêntica da
vida.
Toda pessoa deseja naturalmente
ser o que pode ser, no entanto, pelo extremo da pressa, muitas vezes nos
deixamos vencer pelo que poderia ser evitado e não nos damos conta disso.
Todo esforço é uma busca, uma forma de romper as limitações e unir
corpo, mente e alma. Não devemos suprimir a vida de sua plena expressão.
Somos feitos de uma substância viva que deseja expandir, que deseja
viver mais e melhor. Essa força interna está diretamente conectada aos nossos propósitos
mais verdadeiros.
Nada pode dissolver o que sentimos como único. O original, o essencial,
é de onde tudo procede.
A mente rica tem tudo o que pode
desejar mesmo antes de pensar, pois ela já está conectada com a fonte criadora.
As mãos executam o que a mente concebe. Toda criatividade tem um
propósito: dar forma ao que se cria interiormente.
Quando você pega algo do seu
melhor, pensa no bem que isso proporciona e age com intenção, você vive o que
criou. Viveu um compromisso. E, acima de tudo, criou um propósito.


