Existimos em totalidade, mas ignoramos essa verdade ao tentarmos interpretar o mundo apenas pelos sentidos.
Não percebemos que somos o ponto
mais alto da existência, a consciência que observa e transforma.
Seguimos pela vida como se
estivéssemos apenas contando os dias, presos à passagem do tempo, sem nos
darmos conta da grandeza que habita em nós.
Na liberdade de agir, traçamos o caminho da nossa lenda pessoal.
Descobrimos, em algum momento, que podemos transcender o efêmero e tocar o
eterno.
E, quando isso acontece, passamos a aceitar certas verdades absolutas
não como limites, mas como guias para um amanhã mais consciente.
Vivemos na esperança de despertar
plenamente para a realidade de que existimos para sempre — não no corpo, mas no
espírito, na essência que não se apaga.
No entanto, enquanto construímos o nosso cosmo físico — esse mundo
externo cheio de formas e pressa — esquecemos de viver as nossas crenças mais
profundas.
Deixamos passar o que é essencial, o que acontece de repente, mas que carrega sentido. O agora, muitas vezes, é negligenciado.
Habitamos hoje corpos diferentes,
e talvez o nosso já tenha sido habitado por outros. Não sabemos de onde vieram e rodamos o mundo,
pensando se podemos descobrir isso.
CONFIAR NO HOJE

A verdadeira vontade
Hoje estamos aqui. E isso é tudo o que temos: este lugar, este tempo,
estas experiências. Outros mundos — internos ou distantes —com seus próprios
ideais.
Cada consciência trilha um caminho
próprio no despertar. Mas há algo em comum entre todos os mundos: a busca por
sentido.
Os ingredientes da moral e da ética aguardam por uma revolução íntima,
uma luta libertadora que começa na queda do ego.
Essa queda não precisa vir com dor ou arrependimento. Não se trata de
chorar o passado nem de negar o futuro, mas de aceitar o presente como o único
solo fértil para a transformação.
O presente é a ponte entre sonhos
e realidades. É nele que podemos confiar.
Confiar na vida, confiar no invisível, confiar que tudo tem um propósito, mesmo quando parece não ter.
Confiar, sobretudo, em nós mesmos — na capacidade de recomeçar, de criar, de
iluminar o caminho, não só o nosso, mas o de muitos que ainda caminham na
escuridão da dúvida.
Estamos cercados pela maioria, por vozes que ecoam vontades que não são
nossas.
Projetamos nos outros o que nos falta e nos esquecemos de olhar para
dentro. Mas é no incomum que habita a verdadeira vontade.
PENSAMOS E SENTIMOS
Podemos ir além da média. Podemos
ser a diferença. Podemos ser a luz que tantos procuram, desde que aprendamos a
confiar em nosso brilho.
Torne real o que é possível. O humano nasceu em um mundo onde os olhos
veem, mas é com a imaginação quem tudo se transforma.
Criamos realidades a partir de pensamentos aprendemos a moldar o
invisível, mesmo sem compreender totalmente as forças que nos guiam. O que
pulsa dentro de nós é uma criação superior.
Pensamos e sentimos quase ao mesmo tempo — somos a própria criação em
movimento
A grande verdade da vida é cíclica e, muitas vezes, poderosa demais para
ser explicada com palavras.
Subimos escadas invisíveis, sem
ver os degraus, e mesmo assim seguimos. Essa confiança no caminho, ainda que
incerto, é o que nos torna capazes de alcançar a verdade.
Viver é, acima de tudo, um ato de
confiar. Confiar no processo, confiar na totalidade, confiar que nossa ascensão é real.
Existimos na obediência ao fluxo
da vida e, sobretudo, na fé de que
confiar é o primeiro passo para transcender.