EQUILIBRIO E DECISÃO
Opiniões, objetivos e prioridades formam o
alicerce de qualquer construção pessoal. No entanto, para que tudo isso
funcione de maneira equilibrada, é necessário cultivar discernimento e
naturalidade, sem inserir a vida em um contexto de pressão contínua.
Quando o excesso de cobrança ocupa espaço
demais, perdemos a capacidade de perceber o que realmente importa.
Por isso, decidir deve ser um processo
consciente, e não um ato impulsivo.
Decidir é um aprendizado constante que nos
obriga a olhar para o futuro, aprimorar o presente e deixar para trás aquilo
que não serve mais.
É
nesse movimento que o discernimento se torna essencial. Nossas
necessidades devem ser compreendidas como instrumentos para constituir nosso
próprio bem, e não como motivos de ansiedade ou inquietação.
A
vida requer equilíbrio: ninguém é capaz de realizar algo significativo se
deixar de viver plenamente.
Devemos pensar diversas vezes antes de uma
decisão importante, não por medo, mas por sabedoria.
O DISCERNIMENTO NOS ORIENTA
Decidir sobriamente é a chave para chegar a
algum lugar com firmeza. Nosso ponto de partida não é apenas onde estamos, mas
a disposição interna que carregamos.
É o discernimento que orienta essa
disposição e nos ajuda a separar o que queremos do que apenas nos acostumamos a
aceitar.
Todo planejamento é acompanhado por
decisões. É inútil fazer aquilo que não deveria sequer ter sido iniciado, pois
o novo existe justamente para destituir o velho quando ele deixa de ter
sentido.
Reconhecer essa mudança exige discernimento,
humildade e coragem.
A
eficiência nasce da importância de fazer as coisas do jeito certo,
administrando e liderando nosso próprio conceito de vida.
A missão do ser humano é ser inteligente
sem se orgulhar do que sabe, pois todo saber tem limites estreitos em nosso
mundo terreno.
Quando entendemos isso, percebemos que o
verdadeiro mérito não está em acumular conhecimentos, mas em usá-los com discernimento,
responsabilidade e propósito.
MATURIDADE
Não
há razões para nos envaidecermos, pois desconhecemos o tamanho real do espaço
em que existimos e compreendemos pouco do vasto universo que nos cerca.
Somos ferramentas do desenvolvimento humano
quando decidimos não permanecer parados. Ao agir, deixamos de ser retardatários
e nos tornamos criadores de métodos, caminhos e alternativas para o futuro.
Empregar bem nossa condição é fazer bom uso do
discernimento, direcionando cada passo para aquilo que promove
crescimento.
A
inteligência traz méritos para o futuro e para nossa progressão, alimentando
uma atitude permanente de otimismo.
Você deve sentir o que compreende e deve
saber se guardar na hora de falar, observando a necessidade do momento.
O discernimento
está na capacidade de receber quando é preciso receber e decidir quando é
preciso continuar. A vida exige sensibilidade e direção, ambas equilibradas com
maturidade.
A emoção é nossa força, mas também pode ser
nossa armadilha. Não devemos reagir automaticamente, pois muitas vezes ela
comanda nossos pensamentos.
EMOÇÃO E RAZÃO
Precisamos nos apoiar, criar forças para
continuar e, sobretudo, entender o que sentimos antes de agir.
O discernimento
é justamente o ponteiro que ajusta emoção e razão, evitando que sejamos
arrastados por impulsos momentâneos.
A vida não bate forte; o que nos golpeia é
a ilusão de que suportamos tudo enquanto, na verdade, deixamos de decidir, de
agir, de mover-nos.
A
estagnação pesa mais do que qualquer desafio externo. Por isso, decidir é
continuar na frente. É nesse movimento que se revela o caminho capaz de abrir
novos horizontes e novas possibilidades.
Caminhar com discernimento é construir,
passo a passo, uma vida mais lúcida, consciente e plena.
