domingo, 29 de junho de 2025

O ESTAR DA EXISTÊNCIA

 

O movimento é intenso, e a paz caminha a passos largos. Em meio ao fluxo da vida, percebo que devo estar onde o ritmo se alinha, onde tudo flui com naturalidade, onde o silêncio interior encontra harmonia com o som do mundo.

 Não é um lugar fixo, mas um estado de presença.

Tudo está certo, ainda que por vezes pareça incerto. A vida anda com a certeza silenciosa de onde devo estar.

A cada passo, a mente se adapta, se molda, se transforma. O tempo, por sua vez, parece se dissolver suavemente no lugar em que estou, como se não existisse pressa nem demora — apenas presença.

A proximidade das distâncias revela uma contradição: o longe e o perto coexistem. O reflexo no espelho da vida mostra as marcas do passado e as pegadas do agora.

 E mesmo diante da indiferença ou da dúvida, continuo em frente, atento ao chamado silencioso de onde devo estar.

A consciência, essa testemunha silenciosa do que somos, carrega a memória de imagens esquecidas. Elas passam despercebidas, mas reaparecem sutilmente nos detalhes do presente.

 Em cada novo passo, busco corrigir os anteriores, não com culpa, mas com aprendizado.

                                     ESTAR EXIGE PRESENÇA

O ESTAR DA EXISTÊNCIA
Onde estamos

O passado, embora importante, não justifica por si só o presente. São os lugares que nos faltaram, as experiências que não vivemos, que hoje exigem nossa presença.

O futuro, apesar de ainda não ter portas abertas, revela sua existência através das pequenas luzes que começam a se acender à nossa frente.

As verdades da vida são soberanas, mesmo quando não as compreendemos por completo. Há um desígnio invisível que rege os encontros e os desvios.

 Os olhos que me observam não veem tudo; desconhecem onde devo estar, pois esse conhecimento é íntimo, silencioso e só pode ser sentido, jamais explicado.

Tudo o que precisamos deve ser conquistado por nós mesmos: pela superação, pela empatia, pela aceitação e, sobretudo, pela compreensão.

 Cada experiência, cada dúvida, cada incerteza se transforma em fonte de inspiração quando olhamos com o coração aberto.

Onde devo estar é mais do que um ponto no mapa; é um estado de consciência. É a morada da alma em sintonia com o agora.

Só há um propósito, só há uma unidade: a vida como caminho, e o presente como trilha. Tudo parece estar longe e, ao mesmo tempo, tão perto.

 As verdades, as dores, os encontros e as inspirações convergem em um só ponto: o lugar onde devo estar.

                                                             A CADA DIA

O futuro, por mais enigmático que seja, não possui portas ou muros. Ele é construído no presente, edificado com nossas escolhas e alimentado pela esperança.

 O passado abriga o que fomos, mas é no agora que habitamos o espaço onde o tempo se transforma em eternidade.

Na existência, tudo está contido: a transcendência, o propósito, a essência. Cada momento é uma semente de realidade, e cada pensamento é um sopro criador.

Ainda que passem como nuvens, sua marca fica registrada nos passos que deixamos.

Existe compreensão quando nós reconhecemos. Existe recomeço quando aceitamos. Existe presença quando, finalmente, habitamos onde devo estar — esse lugar sem nome, mas cheio de significado.

É ali que tudo começa. É ali que a vida flui, que o sentido se revela, e que nos tornamos parte ativa do grande trânsito da existência.

Um propósito redefine nosso olhar, e com ele descobrimos uma nova verdade a cada dia.

 Passado, presente e futuro deixam de ser divisões e se unem em um só instante: o agora. É nesse momento que o mundo se move conosco.

Somos parte de tudo o que existe, mas só uma coisa nos define verdadeiramente: o lugar onde devemos estar.

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