A plenitude do que queremos
O existir está na plenitude em que
nós estamos. Essa consciência nos liberta para que possamos ampliar nosso
desejo de buscar ser cada vez mais o que podemos ser — o que podemos com o bem
que queremos.
A
plenitude nos chama à
expansão, convida-nos a reconhecer que a vida é movimento e crescimento, e que
em cada instante somos capazes de nos renovar.
Todos os recursos de que necessitamos estão
ao nosso dispor e se renovam no existir. Há uma sabedoria silenciosa nas
coisas, uma força que age mesmo sem explicação.
A
existência nem sempre se explica pela razão, mas cada viver compreende o seu
próprio sentido. Buscamos sempre o que faz bem, porque a plenitude
habita no simples, no essencial, naquilo que dá significado aos nossos dias.
Em tudo o que existe há algo de puro, algo
que não cabe em explicações racionais. Nenhuma teoria contempla a verdade
inteira da vida.
O
intelectual e o moral apenas tocam a superfície. Conhecemos a narrativa das
origens, refletimos sobre a organização do mundo e sobre a razão que o move,
mas o que realmente transforma é a consciência de que fazemos parte dele.
O
mundo que tentamos mudar é também o reflexo do que carregamos por dentro — e a
plenitude nasce quando essa compreensão se torna vivência.
A PLENITUDE, O NOSSO MELHOR

O nosso melhor
O equilíbrio e o desejo nos permitem
alcançar o que realmente queremos. Nada está fora do nosso alcance, embora, por
vezes, enxerguemos primeiro a distância e duvidemos da nossa capacidade.
Existimos para romper esses limites, e é na fé
em nós mesmos que a plenitude se revela. Cada passo dado com confiança é
um reencontro com o próprio existir.
Nossa confiança é nossa matriz, o ponto
onde começa o crescimento e floresce o amadurecimento.
É
ela que nos sustenta quando a dúvida se aproxima e que nos guia quando o medo
nos visita.
A
plenitude é construída no
aprendizado diário, na aceitação de quem somos e na coragem de nos
transformarmos. Quando nos permitimos ser parte do nosso próprio processo,
crescemos em serenidade.
Essa busca interior é o que dá sentido à
vida. Está em nossas escolhas, em nossos desafios e na maneira como encaramos o
que é difícil.
A
plenitude não é ausência de dor, mas a compreensão de que cada experiência
carrega uma lição e que todas elas nos aproximam do nosso melhor.
SIMPLESMENTE EXISTIR
O interessante da vida é que, ao nos
aprofundarmos em nós mesmos, descobrimos mais do que esperávamos. O pouco que
nos falta está, muitas vezes, no muito que não usufruímos plenamente.
Aprender a viver é aprender a perceber a
plenitude do que já possuímos, sem depender do que ainda não temos.
A dependência é uma decisão, e a liberdade
nasce da aceitação do agora.
O existir está no amanhã, no presente e
naquilo que não devemos esquecer: a plenitude de cada momento que passa. Somos
completos, ainda que em constante construção.
O
que descobrimos é uma viagem para dentro de nós mesmos — uma travessia em
direção à nossa essência. Ser plenamente feliz é compreender que a
independência interior nos torna mais livres e mais inteiros.
O que caminha conosco é o que realmente nos
pertence. A plenitude do existir é longa, profunda e silenciosa.
Caminhamos devagar porque cada passo traz em
si a descoberta do essencial. E, assim, fazemos do que é obrigatório uma
expressão de amor e de intensidade, vivendo com verdade, com calma e com
gratidão por simplesmente existir.
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