CONSCIÊNCIA
Você não é o que pensa, mas o que vive,
embora permaneça pensando quem você é no instante do agora.
A consciência do presente molda cada
passo, mesmo quando tentamos nos agarrar aos pensamentos que projetamos sobre
nós mesmos.
Enquanto relembramos um passado, o tempo
começa a contar para nós e a ser contado por nós, permitindo que renasça o
novo.
Um olhar para dentro do próprio ser revela
que não há limites, apenas camadas de percepção esperando para serem
despertadas pela consciência.
A mente é ilimitada, embora o corpo esteja
contido em sua esfera de reação, onde você elabora o pensar.
Cada
movimento que fazemos serve para aquietar e, ao mesmo tempo, movimentar nossa
mente, tornando-nos conscientes do que realmente somos.
A consciência
se expande quando compreendemos que o corpo reage, mas é a mente que direciona
o sentido do existir.
O aqui está no agora. Enquanto observamos o
tempo, sentimos o atropelo, a ansiedade e até um pouco de medo. No entanto,
começamos um novo dia a cada momento.
O dia a dia nasce no agora, onde o tempo
não passa por nós; somos nós que passamos pelo tempo.
CONSCIÊNCIA E ATENÇÃO

O que viver
A consciência
dessa dinâmica nos devolve o controle interno que muitas vezes acreditamos ter
perdido. É necessário ter um lugar onde chegar, mesmo que seja apenas uma
intenção íntima.
A existência é contada em microssegundos
enquanto descobrimos nossos desafios e começamos a confiar na própria limitação
— não como barreira, mas como ponto de partida.
A consciência
da limitação revela possibilidades e amplia horizontes que antes pareciam
inalcançáveis.
Existimos em um tempo, confinados na idade
que desejamos ter como experiência própria.
Vivemos no tempo que foi criado e estamos onde
nos encontramos como mente, corpo e espírito.
A consciência
dessa integração nos lembra que não somos peças soltas, mas um organismo vivo
em constante formação.
Estamos na verdade, ainda que programados
para não ver. Muitas vezes não percebemos o que falta, mas sentimos que algo
chama por atenção.
Pensamos, e por isso vivemos no agora — ou
tentamos viver. A consciência desse chamado interno nos impulsiona para
fora do automático e nos aproxima da essência.
O VIVER ABSOLUTO
A natureza de viver o que somos nos afasta
do abismo, pois alcançamos nosso próprio espaço quando estamos dispostos a
fazer mais por nós.
Temos espaço, não falta de tempo. Falta apenas
consciência do espaço que já existe dentro de nós.
Descubra o que você está disposto a fazer;
sempre nasce uma nova possibilidade para vivermos nosso personagem evolutivo,
saindo do pessoal e avançando para o impessoal.
Onde começamos e onde chegamos é
imensurável, pois, no tempo, não possuímos tamanho.
Vivemos dimensões do aqui infinito. Não há
começos, porque somos continuidade, e não conhecemos completamente nossa
própria face.
No entanto, percebemos onde precisamos
chegar quando silenciamos e permitimos que a consciência fale.
Existe um lugar onde colocamos nossos
pensamentos de lado: o silêncio. É ali que guardamos o conteúdo da mente e de
lá retiramos o que viver.
No silêncio, a consciência floresce
e revela aquilo que as palavras não conseguem nomear.
O “muito” não está no que acumulamos, mas
no que utilizamos para pacificar o que buscamos: opiniões, certezas, confiança,
o viver absoluto.
Quando compreendemos o essencial e ampliamos
nossa consciência, percebemos que não precisamos de mais — precisamos
apenas sentir, viver e existir com profundidade.








